Tratamento Eficaz com Hidrocortisona
Alergias Caninas
Principais Características
A resposta alérgica pode determinar alterações nos diversos sistemas orgânicos, porém, as manifestações cutâneas são as que mais atormentam os tutores dos animais (SALZO; LARSSON, 2009).
Sinais Clínicos
O sinal clínico mais observado nos animais acometidos é o prurido (coceira) com intensidade que pode variar de moderada à intensa.
Ao se coçar, o animal pode desenvolver leões secundárias como escoriações, feridas com secreção e crostas. Nos locais de prurido, o ato de coçar pode causar hipotricose que evolui para alopecia (falta de pelos) (SILVA; COSTA; FIGUEIREDO; LEHNEN et al., 2012).
Fatores que Intensificam o Desenvolvimento de Alergias
São vários os fatores que podem intensificar o desenvolvimento das alergias. Os principais fatores intensificadores das hipersensibilidades são os:
→ Aeroalérgenos, os irritantes, os autoalérgenos, os alérgenos microbianos e as alterações comportamentais (MATIAS, 2011).
A alergia é um estado de hipersensibilidade em que a exposição do animal a substâncias geralmente inofensivas, conhecidas como alérgenos, desencadeia uma reação exagerada do sistema imunológico.
Ao se coçar, o animal pode desenvolver leões secundárias como escoriações, feridas com secreção e crostas. Nos locais de prurido, o ato de coçar pode causar hipotricose que evolui para alopecia (falta de pelos) (SILVA; COSTA; FIGUEIREDO; LEHNEN et al., 2012).
Alergias Caninas Tratamento
Existe uma concordância entre os autores de que as alergias podem ser controladas, mas não prevenidas, sendo que a melhor forma de controlar é evitar o contato do animal com os alérgenos aos quais ele é sensível (SALZO; LARSSON, 2009).
Hidrocortisona
A hidrocortizona é um fármaco anti-inflamatório da classe dos glicocorticoides. Possui efeitos mineralcorticoides maiores quando comparada com a prednisona ou dexametasona (TILLEY, 2003).
Evidências
Foi documentada significativa melhora induzida por corticosteroides em uma ampla gama de doenças, especialmente naquelas com inflamação grave ou lesões imunologicamente mediadas. Administrados por via tópica, os corticosteroides são usados no tratamento de doenças dermatológicas, promovendo uma melhora na inflamação cutânea (GASPAR; FAN; AMARAL, 1999).
Um estudo teve como objetivo determinar se um condicionador a 1% de hidrocortisona inibiria os mediadores IgE-imediatos e as reações tardias induzidas na pele (RIVIERRE; DUNSTON; OLIVRY, 2000).
→ O estudo foi placebo-controlado e cruzado. Consistiu em três fases: um período sem tratamento (fase controle) e dois períodos de tratamento com ingrediente ativo ou veículo;
→ Reações imediatas e tardias foram induzidas por injeção intradérmica de anticorpos IgE policlonal de coelho anticanino.
Resultados:
✓ Vinte minutos após a aplicação da injeção intradérmica de anticorpos IgE, o diâmetro das feridas foi significativamente reduzido no grupo tratado com a hidrocortisona;
✓ O número de linfócitos dermais TCD-3 positivos não estava alterado após 24 horas da aplicação.
Conclusão:
A hidrocortisona tópica é capaz de reduzir significativamente as lesões, além de controlar a alergia causada por substâncias alérgenas.
Foi aplicado topicamente um acondicionador a 1% de hidrocortisona, durante 3 dias consecutivos em 10 beagles de laboratório.
Referências
FERRARO, G. M. Revision of aloe vera (Barbadensis Miller) in actual dermatology. Revista Argentina de Dermatologia, 90, p. 218-223, 10/01 2009.
GASPAR, L. F. J.; FAN, L. C. R.; AMARAL, A. S. D. Resposta adrenocortical em caninos tratados com betametasona e fludrocortisona por via auricular. Ciência Rural, 29, p. 669-673, 1999.
MATIAS, M. Os Principais Distúrbios Imuno-Alergológicos em Animais de Companhia. . Instituto Superior Politécnico de Viseu Escola Superior Agrária 2011.
MEDLEAU, L. H., KEITH. Dermatologia de Pequenos Animais. Atlas Colorido e Guia Terapêutico. Rocca 2003.
RIVIERRE, C.; DUNSTON, S. M.; OLIVRY, T. Effects of a 1 per cent hydrocortisone conditioner on the prevention of immediate and late-phase reactions in canine skin. Vet Rec, 147, n. 26, p. 739-742, Dec 23-30 2000.
SALZO, P. S.; LARSSON, C. E. Hipersensibilidade alimentar em cães. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 61, p. 598-605, 2009.
SILVA, N. C.; COSTA, J. D. S.; FIGUEIREDO, K. B.; LEHNEN, P. L. et al. DERMATITE ALÉRGICA À PICADA DE PULGA – DIAGNÓSTICO CLÍNICO. Hospital Veterinário da Escola de Veterinária da UFG 2012.
TILLEY, L. P. S. J., FRANCIS W. K. Consulta Veterinária Em 5 Minutos Espécies Canina e Felina. Manole 2003.